sexta-feira, maio 05, 2006
Aniversário da Morte do Poeta
No dia 5 de maio de 1994 Mário Quintana virou anjo definitivamente. Agora o que nos resta é a sua lembrança e sua poesia . Selecionei aqui alguns poemas em que o poeta fala da morte, tema constante em sua obra.
Libertação
A morte é a libertação total:A morte é quando a gente pode, afinal, estar deitado de sapato.
Os Relógios
Ah! Os relógios
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
(A cor do Invisível)
O morto
Eu estava dormindo e me acordaram
E me encontrei, assim, num mundo estranho e louco...
E quando eu começava a compreendê-lo
Um pouco,Já eram horas de dormir de novo!
(Apontamentos de História Sobrenatural)
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Um comentário:
Justo hoje q perdi uma querida amiga...Qm sabe ela naum o encontre para um papo gostoso cheio de poesia! A morte deixa saudades...muitas lembranças...uma pontinha de tristeza...mas a esperança de um recomeço, um novo despertar!!!
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